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19 de Abril de 2024
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    EMPRESÁRIOS DEFENDEM RETOMADA DA INDÚSTRIA NO ESTADO

    Encarar o período de crise sanitária e financeira provocado pela pandemia do Covid-19 como oportunidade para repensar a economia do Rio de Janeiro. Esta foi uma das sugestões levantadas durante audiência realizada pela Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativo do Rio de Janeiro (Alerj), realizada de forma virtual nesta quinta-feira (16/04). O encontro teve como objetivo discutir o impacto das medidas de isolamento social na indústria fluminense e as ações para recuperação produtiva e econômica do estado.

    O deputado Renan Ferreirinha (PSB), que preside a comissão, ressaltou a importância do diálogo durante o período de crise causado pela pandemia da Covid-19 e da atuação em conjunto entre os setores interessados. “Estamos nos dedicando a continuar as discussões de forma virtual. Nesse momento de crise, precisamos atuar mais do que nunca em rede e dialogar sobre as dificuldades e as oportunidades do setor. São em reuniões como essa que conseguimos chegar mais perto das melhores soluções”, afirmou.

    Professor de Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Alexandre Freitas acredita que a crise gerada pela pandemia da Covid-19 pode ser vista como um sinal de alerta. “Antes dessa crise, a economia brasileira ainda estava se recuperando das crises econômicas de 2015 e 2016. Em relação aos outros estados, o Rio teve até um resultado produtivo, em razão da indústria de petróleo e gás. Temos que aproveitar nosso potencial produtivo, mas é preocupante a dependência desse setor. Além disso, ainda não conseguimos dar conta extensão da cadeia produtiva que o petróleo e gás possibilita”, considerou.

    Durante a reunião, representantes do setor industrial fluminense alertaram para a importância do fortalecimento e adensamento da cadeia produtiva do Rio. O presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (Simperj), Gladstone dos Santos, ressaltou o processo de desindustrialização que o estado sofreu nos últimos anos. “A cadeia de transformação fluminense caiu do 2º lugar para o 6º, no Brasil. Perdemos indústrias para outros estados. Isso gera um problema econômico para nós. Produzimos matéria prima, mas ela é transformada em outros estados e volta para cá com valor agregado”, explicou.

    Parceria entre setor o público e o privado

    Assim como outros representantes do setor, Gladstone enfatizou a importância da atuação conjunta entre o poder público e a iniciativa privada. “O estado precisa se adaptar em termos de despesas. Precisamos reinventar o Rio de Janeiro juntos. Estou esperançoso que essa reunião seja o primeiro passo. Hoje estamos fazendo nosso dever de casa, mas é necessário rever as ações dos últimos anos. Temos que unir forças para atrair empresas para o Rio de Janeiro”,disse. Presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Queimados (Asdinq), Marcelo Kaiuka falou sobre a importância de rever, nesse momento, a carga tributária no estado. Segundo ele, só o distrito industrial de Queimados, na Baixada Fluminense, gera 3 mil empregos e tem um impacto significativo no Produto Interno Bruto (PIB) fluminense. “É importante repensar na carga tributária do estado, já que nesse momento a aplicação de leis tributárias pode ser uma grande pancada para o setor produtivo”, frisou ele, ao mencionar o Fundo Orçamentário Temporário (FOT), criado no final do ano passado pela Lei 8.645/19.

    O subsecretário de Estado de Indústria e Comércio do Rio, Guilherme Merces, ressaltou a importância de uma reflexão conjunta entre medidas para proteção da saúde e da economia. “Nós precisamos implementar medidas para proteger a saúde da população, mas também estamos dialogando com os setores que movimentam a economia para preservar nossa produtividade. Não existe dicotomia entre saúde e economia”, destacou.Merces ressaltou ainda o diálogo com os municípios, nesse momento de crise. “Tanto a Secretaria de Desenvolvimento, quanto a Secretaria de Saúde, estão tomando todas as medidas com embasamento técnico. A situação é inédita, estamos sempre aperfeiçoando as medidas para que tudo esteja claro para a população, para o setor produtivo e para as gestões municipais”, garantiu.

    Participaram ainda da reunião virtual o deputado Welberth Rezende (Cidadania); o presidente do Cluster Automotivo Sul Fluminense e diretor de Operações da Jaguar Land Rover, João Mattosinho e o CEO da Limppano, Alex Buchheim.

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